Em julho de 2023, O Observatório Obstétrico Brasileiro (OOBr) e o Fundo de População das Nações Unidas (UNFPA Brasil) lançaram, em parceria, a publicação SAÚDE MATERNA E COVID-19: PANORAMA, LIÇÕES APRENDIDAS E RECOMENDAÇÕES PARA POLÍTICAS PÚBLICAS, que apresenta, por meio de dados públicos e análises, os impactos da pandemia de covid-19 na mortalidade de gestantes e puérperas no país.

Nos anos anteriores à epidemia de covid-19, o Brasil vinha alcançando reduções em sua razão de mortalidade materna; contudo, mesmo naquele contexto, o país já necessitava intensificar esforços e investimentos para alcançar as metas de compromissos nacionais e internacionais com as quais havia se comprometido. A redução da mortalidade materna tem sido, de fato, um complexo desafio, que se insere em uma agenda de garantia de direitos e de acesso a serviços de saúde de qualidade e com equidade. A pandemia de covid-19 agravou este cenário, tendo a razão de mortalidade materna no país retrocedido a níveis de duas décadas atrás. E os dados indicam que os óbitos atingiram de forma desigual mulheres negras, indígenas, que vivem em zonas rurais e nas regiões norte e nordeste do país. Fruto de uma parceria entre o OOBr e UNFPA Brasil, esta publicação busca compreender os desafios e os impactos da epidemia na mortalidade de gestantes e puérperas no país, por meio de dados públicos e análises, incluindo informações desagregadas quanto a territórios e perfis sociodemográficos e a identificação de situações de maior vulnerabilidade, bem como trazendo discussões sobre fragilidades dos sistemas, questões de prevenção, vacinação e vigilância em saúde, entre outras. O estudo também traz lições aprendidas e recomendações para contextos de crise em saúde, epidemias e desafios relacionados.

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A disparidade no sistema de saúde brasileiro é evidenciada pelos dados sobre morte materna relacionada à covid-19. Essa crise revela discrepâncias no cuidado médico entre diferentes regiões do país, impactando de forma desproporcional mulheres negras, indígenas e aquelas em áreas rurais.

É crucial intensificar ações para garantir cobertura e qualidade nos serviços de saúde materna, especialmente nas áreas remotas e vulneráveis, com atenção respeitosa e equitativa.

Além disso, a vacinação durante a gravidez é recomendada para proteger mães e bebês, transferindo anticorpos via placenta e leite materno. A experiência da covid-19 deve orientar políticas ágeis para resguardar gestantes e recém-nascidos em futuras pandemias.

A luta contra a mortalidade materna já era desafiadora antes da pandemia. O Brasil buscava reduzir essa taxa, porém, a crise agravou as desigualdades no sistema de saúde e o acesso à atenção obstétrica. A publicação “SAÚDE MATERNA E COVID-19: PANORAMA, LIÇÕES APRENDIDAS E RECOMENDAÇÕES PARA POLÍTICAS PÚBLICAS” analisa dados e oferece orientações para aprimorar políticas obstétricas, promover igualdade no acesso à saúde e alcançar a meta de redução da mortalidade materna até 2030.

No livro você irá encontrar

Estudo abrangente e detalhado para entender o cenário, desafio e lições aprendidas com a pandemia de covid-19 e propor soluções efetivos de políticas públicas para o cuidado da população obstétrica no Brasil;

Análises baseadas em dados públicos, incluindo informações detalhadas sobre territórios e perfis sociodemográficos;

Identificação de situações de maior vulnerabilidade;

Discussões sobre as fragilidades do sistema de saúde no Brasil;

Abordagem sobre questões de prevenção, vacinação e vigilância em saúde;

Discussão sobre outros tópicos relevantes relacionados à saúde de mulheres e pessoas que gestam.

Em nosso instagram você pode encontrar publicações sobre o livro e ficar antenado em tempo real a todas as atualizações do OOBr.