
Notícia
24/03/2023
Notícia
Nos dias 15 e 16 de março, ocorreu, em Brasília, o seminário Enfermeiras Obstétricas e Obstetrizes: qualificando e ampliando o acesso à Saúde Materna no Brasil, promovido pelo Fundo de População da ONU (UNFPA) em parceria com a Johnson & Johnson Foundation. O evento, que faz parte do Projeto Enlace, uma iniciativa da UNFPA, reuniu profissionais da saúde, pesquisadoras(es) e representantes do Governo e da sociedade civil para discutir temas a respeito da assistência à saúde sexual e reprodutiva no Brasil. Dentre os convidados, se encontravam as coordenadoras do Observatório Obstétrico Brasileiro Agatha Rodrigues e Rossana Francisco, que participaram do bloco “Saúde materna no Brasil – Sem deixar ninguém para trás”, ocorrido no primeiro dia do evento.
Foto: ©UNFPA Brasil/Bel Daher/Gabriel Benevides/@bfocofoto
Intitulada “Saúde materna e Covid-19: panorama e lições aprendidas”, a apresentação, dividida entre as coordenadoras, teve como principal objetivo discutir os impactos da pandemia da COVID-19 na população materna. Além de fornecerem uma breve introdução ao OOBr, as apresentadoras alertaram para o grande aumento no número de óbitos maternos durante o período pandêmico, que se torna ainda mais preocupante quando considerada a informação de que a população materna teve quase o dobro de chance de vir a óbito por COVID-19 em relação aos demais grupos no ano de 2021 quando comparado ao ano de 2020.
Foto: ©UNFPA Brasil/Bel Daher/Gabriel Benevides/@bfocofoto
Em resumo, a apresentação fez uma análise profunda do panorama atual da saúde materna no Brasil, abordando aspectos como a diferença da letalidade da COVID-19 entre gestantes e puérperas e entre raças/cores distintas, os impactos da vacinação (contra Influenza e COVID-19) nas chances de sobrevivência da população materna contra a COVID-19, e os efeitos da fragilidade do sistema de saúde brasileiro no aumento da mortalidade materna durante o período pandêmico. Para finalizar, as coordenadoras do OOBr fizeram uma recapitulação das lições aprendidas durante a pandemia para um melhor futuro da saúde materna no país, além de fazerem recomendações para que o Brasil possa atingir a meta assumida de redução da Razão de Mortalidade Materna de até 30 mortes maternas por 100.000 nascidos vivos até o ano de 2030. A apresentação completa, em formato de slides, pode ser encontrada neste link.