As vacinas contra COVID-19 conferem proteção em gestantes e puérperas hospitalizadas com COVID-19 grave: um estudo de coorte retrospectivo

10/05/2022

Artigo Científico

Resumo

A pandemia da doença de coronavírus 2019 (COVID-19) teve efeitos deletérios entre a população obstétrica. Gestantes e puérperas constituem um grupo de alto risco para COVID-19 grave. A vacinação reduz o risco de infecção, mas não se sabe se as mulheres que são infectadas apesar da vacinação têm um curso mais brando da doença do que aquelas que não foram vacinadas. Este estudo de coorte retrospectivo avaliou se a vacinação reduz a gravidade da infecção por COVID-19, medida pela morbidade e mortalidade materna grave entre gestantes e puérperas hospitalizadas. Um total de 2.284 mulheres grávidas e puérperas hospitalizadas com COVID-19 grave foram incluídas. Aqueles que fizeram e que não receberam a vacinação COVID-19 foram comparados. As taxas de internação em unidade de terapia intensiva, intubação e mortalidade foram significativamente menores entre os indivíduos do grupo vacinado (valores p < 0,001). O número de pacientes que precisavam ser vacinados para evitar um caso de internação em unidade de terapia intensiva, intubação ou morte por COVID-19 foi de 7, 7 e 9, respectivamente. A vacina COVID-19 oferece efeitos protetores contra admissão em unidade de terapia intensiva, intubação e morte em gestantes e puérperas hospitalizadas com SARS grave induzida por SARS-CoV-2.


Cristiane Paganoti apresentou esse artigo para pesquisadores do Departamento de Obstetrícia e Ginecologia do Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina da USP (HC/FM-USP) e integrantes do Observatório Obstétrico Brasileiro, encontro realizado em 25 de maio no auditório do hospital. O artigo científico, publicado na revista científica Vaccines, pode ser acessado no link abaixo e sua apresentação, feita pela Cristiane, pode ser vista no vídeo em seguida.

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